sexta-feira, 7 de novembro de 2008

A verdade sobre o Projeto Rondon

O Projeto Rondon no passado era, antes de mais nada, voltado para o universitário e não para as comunidades.

A idéia sempre foi de integração e conhecimento da realidade dos vários "Brasis", de forma que o estudante, futuro líder nas mais diversas áreas, pudesse conhecer um pouco de seu país, evitando assim, o processo cruel de lideranças que raciocinam, em termos de Brasil, a partir de suas próprias realidades.

O exemplo mais recente desse raciocínio distorcido é o do Ministro Minc que, apesar de suas boas intenções, ao capitanear o processo de preservação ambiental na Amazônia desenvolveu ações não de preservação e sim de hostilização contra a região e seus habitantes.

Encarar o Projeto Rondon de outra forma é encarar o universitário como "mão de obra" barata para substituir o governo em ações de sua responsabilidade.

O rondonista apoia, como forma de aprendizado da realidade dos municípios, as ações desenvolvidas pelas prefeituras.

Caso a equipe do Rondon venha a desenvolver atividade assistencialista, atividade que é encarada com tanto desprezo e que já ajudou tantos brasileiros, é porque a prefeitura local desenvolve projetos assistencialistas.

Os "Campi" Avançados, do passado, sempre foram voltados ao aprendizado dos universitários, a idéia é fazer deles profissionais que, conhecendo a realidade de seu país, possam vir a ser homens que nas suas atividades, possam desenvolver ações efetivas, de apoio às comunidades com uma visão de Brasil como um todo.

A atividade dos “Campi” , além da educação dos estudantes, sempre foi de apoio aos projetos das prefeituras e dependiam sempre da política municipal de onde o “Campus” estivesse instalado.

Ou seja, participando das operações do Projeto Rondon, o universitário descobre que o mundo e o Brasil não são apenas o seu bairro, a sua cidade e a sua universidade, em contrapartida levam ao interiorano a consciência que o mundo não é apenas o mundinho do seu município e sim alguma coisa muito maior, despertando nele novos anseios e ambições.

Dependendo da universidade , dos recursos e do treinamento do estudante, algumas ações extensionistas podem ser desenvolvidas de forma a fugir do assistencialismo, como: projetos de implantação de biodigestores, palestras para desenvolvimento de consciência ambiental, treinamento de parteiras curiosas (ensinar a elas o momento de encaminhar a parturiente para o médico), palestras sobre manejo florestal, projetos de higiene, assim por diante, entretanto, sem perder de vista que o objetivo e paciente do Projeto Rondon é o estudante.

Pensar no Projeto Rondon de outra forma é impraticável, sonho mirabolante e pura perda de tempo.

Por outro lado, os sonhadores se esquecem quais são as atividades dos estudantes: – acima de tudo estudar, aprender e tornar-se um bom profissional para, antes de mais nada, ganhar o seu sustento e o de sua família de forma condigna.

Os benefícios à comunidade e ao país são efeitos colaterais da atividade dos bons profissionais.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Com as “portas fechadas” o desembargador não corre riscos!

Li e reli, com bastante cuidado o artigo “Portas fechadas”, da lavra do desembargador Augusto Francisco Mota Ferraz de Arruda, onde afirma não receber advogados em seu gabinete e me senti na obrigação de “esmiuçar” um pouco assunto.

A cada dia que passa venho testemunhando a posição de bacharéis em direito, que não enveredaram pelos árduos caminhos da advocacia, tentando subverter o disposto no CAPÍTULO II da Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994 - ESTATUTO DA ADVOCACIA E DA OAB.
Diz o primeiro artigo deste capítulo:

Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos.
Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho.

Uma das primeiras coisas que aprendemos na faculdade é examinar o “espírito das leis”, ou seja o que quis dizer o legislador, neste caso a mim me parece que se trata do reconhecimento de que existem indivíduos que ao ingressarem em determinados cargos adquirem um “status psicológico” de auto-importância, criado por eles mesmos, que transcendem o real e os faz sentirem-se superiores a tudo e a todos. Essa é a minha interpretação, talvez caiba uma análise mais aprofundada do texto.

O magistrado não legisla, ele aplica a lei usando como instrumento a interpretação do texto legal, naturalmente baseada na interpretação de doutrinadores ou até no seu entendimento pessoal, o que pode resultar em interpretação errônea, forçada ou distorcida e ,também, em acertos.

Mas, voltemos ao artigo, a mesma lei acima citada define os direitos do advogado, deixando claro e cristalino o seu direito de livre acesso ao Poder Judiciário, até por integrá-lo.

Comungo em gênero, número e grau com o Conselheiro Técio Lins e Silva quando diz:

– “O desembargador pode escrever o que quiser, mas têm de responder por isso”

Vou mais longe:

– “Qualquer pessoa pode escrever o que quiser, mas têm de responder por isso, contudo, os ocupantes de determinados cargos, inclusive, os desembargadores, têm a obrigação de zelar pela dignidade do cargo, sob pena de não merecê-lo”

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo aprovou, na quarta-feira (22/10), moção em favor do desembargador Augusto Francisco Mota Ferraz de Arruda (matéria da revista “Consultor Jurídico”), da qual “pincei” alguns argumentos:

– .....,segundo a Lei da Magistratura, “salvo os casos de impropriedade ou excesso de linguagem o magistrado não pode ser punido ou prejudicado pelas opiniões que manifestar ou pelo teor das decisões que proferir”.

Creio que, o autor/desembargador, ao divulgar, em um artigo, uma interpretação pessoal e tão errônea do texto da lei Lei nº 8.906, cometeu uma grande impropriedade.

A moção cita, ainda, a frase de Voltaire(François-Marie Arouet):

– “Não concordo com o que dizes, mas defendo até a morte o direito de o dizeres”

Quanta ingenuidade, partindo de um grupo de desembargadores não acredito em ingenuidade, o que tentaram foi “forçar a barra”, como diz a gíria popular.

Que tal raciocinarmos um pouco a respeito do Direito, essa é a obrigação de todo profissional da área, e complementarmos a frase de Voltaire, para que os leigos não a entendam como regra de permissividade:

– “Não concordo com o que dizes, mas defendo até a morte o direito de o dizeres” ........ “e a obrigação de responderes pelo dito”.

Interessante o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo ter citado, na moção, o filósofo Voltaire, muito bem descrito em uma de suas biografias:

– “Os jesuítas ensinaram a Voltaire a dialética, arte de dialogar progressivamente, para provar as coisas. Ele discutia teologia com os professores, que reconheciam Voltaire como um “rapaz de talento mas patife notável”.

Esse patife notável tornou-se e é um dos mais respeitáveis filósofos e sempre que se procura se encontra uma citação, no assunto abordado podemos usar mais duas, que me perdoem os magistrados pelo exercício da equidade:

– “Para se ter alguma autoridade sobre os homens, é preciso distinguir-se deles. É por isso que os magistrados e os padres têm gorros quadrados.”(Voltaire).

– “Uma conduta irrepreensível consiste em manter cada um a sua dignidade sem prejudicar a liberdade alheia.” (Voltaire)

Insistindo, um pouco mais, em citações, mesmo correndo o risco de ser “chato” e já sendo, creio que existe um provérbio chinês que “cabe como uma luva” ao artigo “Portas Fechadas”:

– “Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.”

Uma das táticas dos que defendem o indefensável, no caso os autores da moção, é radicalizar:

– “....suponham que o advogado tenha o direito de ingressar no veículo oficial e acompanhar o desembargador até a sua casa, expondo-lhe, durante o trajeto, os interesses de seu cliente em disputa no processo.”

Partindo para o pressuposto, claro, que só quem tem bom senso são os magistrados, todavia, se é para radicalizar podemos também radicalizar:

– Imaginemos que o filho de um juiz, desembargador ou ministro esteja sendo mantido prisioneiro em razão do abuso de alguma autoridade, que a sua liberdade dependa do despacho de um desembargador e este estivesse encaminhando-se para o conforto de seu lar, em um veículo oficial.

Caso eu fosse advogado do rapaz, não importa de quem fosse filho, pararia o carro e pediria o despacho e, mais, se fosse o caso iria até o lar do desembargador.

É preciso que todos entendam que a missão do advogado é mais que uma missão, é uma obrigação que ultrapassa a sua simples execução, ela deve ser bem executada mesmo com sacrifícios por parte de todos os envolvidos, pelo menos é o que espera o cidadão e o que , em meu entendimento, determina a lei em suas entrelinhas.

Por sua vez, o bacharel em Direito, ao ser investido no cargo de Magistrado, passa a sê-lo 24 horas por dia, a Magistratura não é uma vestimenta que se enverga no início do expediente e se despe no seu final. Não importa onde o Magistrado esteja, se o imóvel é público ou privado, ele carrega consigo a Magistratura, naturalmente, isso é uma grande honra, entretanto, é, também, um grande sacrifício que eu como advogado reconheço e respeito, ele será “Excelência” (observem o E maiúsculo) até no cinema – alguém contesta o direito das “Excelências” de irem ao cinema?

A tese esposada pelo autor/desembargador reduz o exercício da advocacia a quase nada e quem perderá com isso será o cidadão, cuja única defesa contra a truculência do poder e das injustiças, é o advogado, que hoje já tem o seu exercício profissional sabotado pelo emperramento da máquina judiciária.

Diz, ainda, o autor/desembargador :

– “Eu da minha parte devoto profundo respeito pela nobre e valorosa classe dos advogados, mesmo porque fui advogado, mas não os recebo em meu gabinete para tratar de processos que me estão conclusos.”

Nós, advogados, dispensamos esse tipo de respeito “da boca pra fora”!...Como o autor/desembargador pode nos respeitar se não nos recebe e “sabota” o nosso exercício profissional?...O que se poderia esperar de uma autoridade que sequer respeita e faz críticas aos seus colegas aposentados?

Não sei quando o autor/desembargador renunciou a condição de advogado e tornou-se Magistrado, mas, deve ter sido há muito tempo, uma vez que, demonstra não lembrar do que é advogar.

Por outro lado (é tão difícil escrever sendo advogado, porquanto, existe sempre o outro lado, a outra interpretação ,certa ou errada), é da condição do ser humano respeitar as condições físicas e emocionais do outro, no caso do artigo “esmiuçado”, se o autor/desembargador, ao invés de publicar o “Portas fechadas”, tivesse simplesmente afixado na porta de seu gabinete um cartaz com o seguinte texto:

– “Atenção!..Estou cansado, estressado, cheio de processos e não atendo ninguém, inclusive e principalmente, advogados, porque nas minhas condições físicas e emocionais, um deles pode induzir-me, com seus argumentos, ao erro!”

Todos nós, advogados, entenderíamos e creio, piamente, que a maioria dos colegas partiria para tomar providências em defesa do autor/desembargador.

Afinal, é para isso que servem os advogados – defender os cidadãos com direitos em risco.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

O produtor rural brasileiro está a salvo da crise mundial?

Atrevo-me a dizer que não, em um primeiro momento, talvez não em uma escala tão séria quanto os demais setores da economia, o produtor rural, do mundo todo, produz alimentos e se a atividade quebrar a humanidade morrerá de fome, entretanto, se os governos tão preocupados com a área financeira descurarem do setor a tragédia será desencadeada.

O produtor rural está na base de todas as conquistas humanas, é o alimento que está na base de tudo, a indústria pode, quando muito, industrializar a produção rural e o comércio levá-la até o povo, ou seja, comercializá-la.

Não sou economista e não entendo da matéria, todavia, procuro raciocinar diante dos fatos e o que tenho visto com relação às soluções para a crise não satisfazem minha análise pessoal, não padeço do mal que parece afligir, hoje em dia, toda a humanidade - a confiança cega.

Tenho acompanhado as soluções encontradas e aplicadas pelos países mais atingidos e percebo que todos trabalham e raciocinam em um único paradigma - a salvação do capital, pelo capital e para o capital.

Talvez seja a hora de raciocinar em outro paradigma - a origem do capital.

O capital é um mero conceito, é incolor (só ganha cor quando convertido em moeda) inodoro e insípido, atrevo-me a afirmar que possui apenas uma dimensão - o volume.

O capital é conseqüência da atividade humana, em substituição ao escambo (troca) e gera riqueza financeira e patrimônio, entretanto a sua origem envolve as necessidades e anseios humanos e o grande gerador de capital é o homem enquanto produtor e consumidor.

Sem o homem, o conceito de capital não existiria, o grande erro de avaliação é achar que o mundo, dito capitalista, é capitalista, na verdade ele é "clientelista", de nada adiantaria o "homem produtor" produzir se na outra ponta do processo não existisse o "homem consumidor", o cliente, para adquirir a produção e consumi-la.

As ações desenvolvidas para solucionar a crise foram destinadas aos intermediários do processo - o setor financeiro, ou seja os bancos, que administram, financiam e dão crédito ao cliente - e o resultado foi pífio, o perfil da crise pouco foi alterado.

O alvo foi errado, por que digo isso?

A crise iniciou-se no mercado imobiliário americano, mais especificamente na atividade bancária hipotecária. O cliente americano comprou imóveis e deu como garantia o próprio imóvel adquirido e, de repente, perdeu a capacidade de honrar o compromisso hipotecário, ou seja o homem consumidor, cliente, não conseguiu, enquanto homem produtor de capital, produzir o suficiente para pagar suas contas.

Por não ser especialista e por não querer ser mais entediante do que estou sendo, o assunto é árido e chato, não vou aprofundar-me nos motivos que tornaram o cliente inadimplente e por mais que se explique voltamos, inevitavelmente, ao fato de que, por um motivo ou outro, o cliente perdeu o seu poder de compra e de pagamento dos débitos.

O fato me faz lembrar de uma historinha, perdoem-me a parábola:

Certo dia, durante uma guerra, o comandante perguntou a um soldado:
- Soldado, porque você não atirou contra os inimigos?
- Por 3 mil razões meu comandante, respondeu o soldado, a primeira é que acabaram-se as balas, o senhor quer que eu diga as outras?

É o caso, o cliente que sustenta a maior economia do planeta perdeu a sua capacidade de pagamento e não pode mais sustentá-la, o processo espalha-se por todo o planeta.

O governo americano, ainda no paradigma errado de que quem produz o capital são as empresas, socorreu-as com bilhões de dólares, os demais governos de países ricos seguiram o exemplo e o quadro da crise pouco alterou-se. O negócio dos bancos é o capital, eles comercializam capital em forma de créditos, contudo, só dão crédito a clientes com capacidade de pagamento e não têm débitos pendentes. Pelo quadro apresentado pela crise, os clientes mais rentáveis ficaram inadimplentes e os bancos receberam dinheiro para saldar seus compromissos a curto prazo, entretanto, perderam os clientes que os mantinham e possibilitavam o pagamento de seus compromissos a médio e longo prazo.

Os bancos não geram capital, eles administram e comercializam o capital gerado pelos clientes, no momento que perdem este capital inicia-se o processo de "autofagia", eles começam a se "auto devorar" e não existe milagre na atividade.

Os bancos receberam injeção de capital público, ou seja, dinheiro dos clientes, afinal os clientes dos bancos são os mesmos que geram capital para os governos (outra organização que não gera capital e só administra o bem público, do cliente) através dos impostos.

Os bancos receberam capital e, no momento, estão vivendo o que chamo de a "melhora da morte", o que eles vão fazer ? Conseguir novos clientes? Onde?
Enquanto os bancos recebem capital, os clientes continuam quebrados/inadimplentes, sem capacidade de compra ou de pagamento e, esses mesmos clientes, são os clientes das demais empresas do mercado, me parece que estamos vivendo o momento do início de um "efeito dominó".

Qual será a próxima pedra de dominó a cair? Os cartões de crédito? A educação privada? A agricultura? A pecuária?

As montadoras de veículos automotores já foram atingidas, quem será o próximo?

Espero que o governo brasileiro não cometa o mesmo erro dos demais. Quem deve ser salvo é o consumidor, o cliente, e, aí sim, vamos assistir em nosso país uma corrida dos clientes aos bancos, cartões de créditos, às faculdades, às empresas, etc, não para retirada de dinheiro ou justificar débitos e sim para pagar e fazer novos negócios.

Não deixa de ser preocupante injetar dinheiro público no consumidor. Ficará sempre a preocupação, mesmo com pagamento a longuíssimo prazo, se ele pagará o débito ou não.
Caso o governo decida salvar o consumidor, não deve se preocupar com adimplência ou não, afinal de contas o capital utilizado será do próprio cliente.

Cheguei ao final deste artigo com a sensação de que a minha ignorância em matéria de economia pesa muito contra o que escrevi, talvez a sugestão apresentada não seja correta, meu raciocínio esteja errado ou não seja fácil de ser operacionalizada, mas, tenho a consciência que nada é fácil nesta vida e que a humanidade, principalmente os brasileiros, já enfrentou e venceu desafios piores.

Não posso assistir passivamente uma crise mundial tão séria, tenho que tomar alguma atitude mesmo que seja somente escrevendo.

Uma coisa é certa, o governo tem que olhar com carinho para o produtor rural brasileiro - se ele quebrar, o Brasil sofrerá uma situação de fome e anarquia jamais testemunhadas antes.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Amazônia: floresta não existe mais e governo promove secessão!

Como já disse antes, não fui grande aluno de matemática, entretanto, aprendi as quatro operações básicas, razoavelmente, o que me permitiu descobrir que não existe mais “Floresta Amazônica”, o conceito é pura ficção, mantida pelo Ministério de Meio Ambiente como forma de manter o emprego, alimentada pelas grandes redes de Tv, utilizando fotos e vídeos antigos de derrubada de mata, exatamente naquele intervalo entre a derrubada e o plantio de alguma coisa produtiva, com a finalidade de amedrontar a população e dar audiência, nada como uma boa desgraça para manter os leitores, ouvintes e telespectadores ligados.

O Ministro Carlos Minc que é um Ministro muito dedicado, à mídia, confessa, com todas as letras que não gosta de ler (prefiro pensar desta forma do que imaginar que temos uma autoridade no controle ambiental tão irresponsável) e não leu a lista dos maiores desmatadores antes de sua publicação, “papagaio”!

A postura, ou impostura, do Ministro vem confirmar a minha tese de que neste país existem muito mais pessoas escrevendo e falando do que lendo – a atividade cansa e desgasta os poucos neurônios de alguns.

....Pausa para o riso e gargalhadas....enquanto o leitor pede à doméstica (quase funcionária de uma empresa que não é empresa – você!.... afinal a administração do lar não é rentável).

– Quando o Ministro fala em “florestas ciliares” deve imaginar aqueles “zoiões” da floresta piscando fartos cílios verdes!...rs,rs,rs,rs,rs

Desculpem-me, não sou muito bom piadista, contudo o que devo fazer quando assisto aos noticiários “chapas-brancas” (será que quando o Presidente Lula assinou as novas regras gramaticais manteve essa expressão com hífen no meio?) e sinto uma bola vermelha crescer na ponta do meu nariz?....Devo chorar, gritar, esconder-me ou divertir-me com a besteirada e a imaginação fértil de determinados “jornalistas” e “otoridades” ?

Sabe, até no “picadeiro governamental” existe um intervalo quando entram aqueles rapazes de rostos pintados de branco, bola vermelha no nariz, indumentária de “pierrot” e sapatões, para distensionar e desviar a atenção da platéia depois de tantas manobras arriscadas.

Falemos sério, ainda é permitido falar sério neste país, comecei a fazer as contas sobre “desmatamento e devastação”, comecei com o tamanho do Brasil, 8.547.403 km2 ( menor apenas que os Estados Unidos, China, Canadá e Rússia), passei para a dimensão da Amazônia – brasileira - 4,8 milhões de km² e finalmente fiz o levantamento dos números, das áreas desmatadas, devastadas e degradadas) divulgados pela imprensa, diariamente, o total que consegui foi 5,7 milhões de km², 10% para mais ou para menos, como diz o IBOPE quando faz pesquisas.

Fiquei apavorado, tenho ficado na capital do Pará e viajado para outras nestes últimos dois anos, não tenho ido ao interior ver de perto a floresta, que pena não pude despedir-me, todavia, guardarei com carinho algumas fotos.

Graças a Jeovah, ao Grande Arquiteto do Universo, a Alá, Tupã, ao Universo ou a natureza (seja qual for a religião ou filosofia do leitor), damos graças que o Ministro seja tão mau leitor e não tenha lido a relação dos 100 maiores “desmatadores”, caso contrário teria escondido que o INCRA é responsável por quase 20% do desmatamento da Amazônia (além das cestas básicas distribuídas aos movimentos responsáveis pelas invasões de terras, para alimentar, sustentar e encorajar os invasores, é mais um tipo de “bolsa esmola”), em razão disso o IBAMA tomou uma decisão “hilariante” – multou o órgão em R$-266.000.000,00, a maior multa já aplicada por derrubada florestal.

....Pausa para meditação, fica aqui o convite, para os que apenas pensam, para um pouco de raciocínio:

– O INCRA não é um órgão de governo?...O IBAMA, também, não é um órgão de governo?....Quer dizer que é governo multando governo?...De onde virá o dinheiro para pagar a multa?...Dos Impostos?....E...quem paga os impostos?...

Matei a “charada”, nós vamos pagar a multa aplicada ao INCRA, como sempre, sempre nós pagamos as contas....do “aérolula” às multas, nossas e as dos órgãos de governo.

Não sei se existe “Prêmio Nobel” de teatro ou “mis-en-scéne”, entretanto, precisamos promover um “abaixo-assinado” (que termo gostoso) indicando, à Academia de Ciências da Noruega (país em franco namoro conosco, querendo como presente, a saída do Brasil do mercado internacional da madeira, chega babam!) o atual governo para recebê-lo, se não houver a premiação com esse título, que tal o mesmo que concederam ao “eco-ativista” Al Gore – o da “Paz” – pensando bem, este não cabe, a não ser que seja o da “Pax” romana, levada por Roma após guerras de conquista, considerando que Brasília está em guerra contra a Amazônia e os Amazônidas, o Presidente acabou de autorizar a criação de uma força policial para desenvolver a política do “prendo e arrebento”, um verdadeiro exército de “Brancaleone” em busca de um “feudo”( vide o filme “O incrível exército de Brancaleone”, uma pérola do cineasta Mário Monicelli).

O Governo Federal está em guerra conosco, desrespeitando a soberania dos nossos Estados, nos difamando, nos maltratando, nos multando, confiscando nossos bens (despojos de guerra), agora, com a polícia que vai criar, vai nos "prender e arrebentar”, nós, os Amazônidas, estamos quietos, assistindo e agüentando passivamente tudo. Esse nosso comportamento talvez seja por causa dessas “dietas americanas" malucas, que reduzem o colesterol ( um dos subprodutos do colesterol é a testosterona, que quando sofre redução o indivíduo perde a libido, a potência e a disposição para reagir).

As “otoridades” governamentais estão achando que o Amazônida vai “engolir” tudo passivamente sempre?..... Fica aqui uma advertência:

– Os 25 milhões de brasileiros que vivem na Amazônia têm “cojones” (desculpem-me o termo, em espanhol não é palavrão) e provam isso diariamente. As medidas que estão sendo tomadas contra nós são um incentivo à “secessão”.

Como já dizia um filósofo, que não lembro o nome – cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém!

Ministro Carlos Minc, um dia desses, pegue o seu jatinho ministerial aí em Brasília (ou ainde é Rio de Janeiro estudando florestas na “Quinta da Boa Vista”) e venha conhecer a Amazônia, não precisa desembarcar....basta sobrevoá-la, o senhor vai poder testemunhar o exemplo mais radical da capacidade de sobrevivência do ser humano. O convite é de um ex-carioca que virou Amazônida, por paixão, há mais de quarenta anos.

A única coisa que nos conforta é que o governo (Junto com a Míriam Leitão), que nos chama de “bandidos”, é tão bandido quanto nós, desmata e muito!

Ministro o senhor tem razão – chega de “ecopicaretagem”, a expressão é de sua autoria.

sábado, 27 de setembro de 2008

Pecuária: a grande vilã do aquecimento global

Existem duas grandes correntes científicas no mundo, uma afirma que o aquecimento global é fruto da natureza predatória da humanidade e outra diz que o aquecimento e o arrefecimento do planeta são cíclicos.

Não entrarei em detalhes técnicos e não pretendo envolver-me nessa briga de “cachorros grandes”, a única coisa que posso afirmar é que ambas correntes estão certas, os partidários de ambos os lados já conseguiram provar “cientificamente” as suas teses.

Por enquanto quem está ganhando a briga é o aquecimento provocado pelo homem, pois, é a tese que provoca maior simpatia da mídia internacional, afinal de contas ela é mais chocante, amedrontadora, escandalosa e vende mais jornais.

Enquanto isso nós, pobres e leigos mortais, assistimos aparvalhados e amedrontados aos noticiários, sendo obrigados, por não entendermos “bulhufas” do assunto, a tomarmos partido de uma ou outra tese como se fosse tudo um grande jogo de futebol.

Na “esteira” da corrente que se sobressai vêm as mais “estapafúrdias” propostas e opiniões, a última dessas propostas, com sabor de intimação e intimidação, vem do Presidente do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU, o indiano Rajendra Pachauri:

– "Comam menos carne"

A declaração foi feita na cidade de Londres, em um encontro Promovido em 08/09/2008, por uma organização que possui o nome interessante e bem sugestivo, Compassion in World Farming, CIWF (Compaixão nas Fazendas Mundiais, em tradução-livre), cuja principal razão para sugerir que as pessoas reduzam seu consumo de carne é para reduzir o número de animais em indústrias pecuárias.

No encontro declarou, ainda:

– "Eu gostaria de ver governos colocarem metas para a redução de produção e consumo de carne"

Por outro lado a Organização da ONU para Agricultura e Alimentos (FAO) estima que as emissões diretas da produção de carne correspondem a 18% do total mundial de emissões de gases do efeito estufa, sendo que os dois grandes causadores são o desmatamento e a “flatulência” dos bois (traduzindo quer dizer, de acordo com o dicionário Priberam, acumulação de ar no sistema digestivo/ventosidade, ou seja, desculpem-me, o pei.....do boi.

Fiquei muito impressionado com essa declaração e refleti – se alguns milhões de bois causam tanto aquecimento, imaginem mais de 6 bilhões de pessoas a comer repolho, ovo, cebola, feijão, açúcar e outros petiscos, que mal devem causar. Eu tenho um compadre que sozinho pei........por 3 bois, realmente nós somos uma desgraça para o planeta.

Antes de prosseguir, quero dar uma informação sobre o prêmio Nobel da Paz de 2007, que o Sr.Rajendra (com sua pose de Chandra Suresh, personagem da série Heroes que também é indiano) ostenta o Nobel que não é seu.

O prêmio foi concedido ao ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore (que não é cientista e sim ativista ambiental, que por sinal anda meio caladão ou foi esquecido pela mídia por não estar concorrendo à sucessão do presidente Bush) e ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) da ONU, pela publicação do mais significativo estudo sobre mudança climática (na visão da Academia de Ciências da Noruega, país muito interessado em eliminar toda a concorrência no mercado internacional de madeira) e envolveu cerca de 2500 cientistas de mais de 100 países, incluindo nove cientistas brasileiros.

Logo, ele não foi laureado com o Nobel e sim o IPCC, em trabalho que envolveu cerca de 2.500 colaboradores, inclusive vários brasileiros.

O Sr. Rajendra, quando aconselha que não comamos mais carne, se esquece- de um pequeno detalhe que pode vir a alterar todo o raciocínio – o ser humano é um animal carnívoro, o seu sistema digestivo é condizente com a condição – entretanto, vamos imaginar que nos tornássemos vegetarianos (herbívoros), o desmatamento para a expansão da agricultura e a emissão do metano produzido pela “flatulência” diminuiria ou estagnaria?... Não esqueçamos que, recentemente, a ONU conclamou o mundo a aumentar em 50% a produção de alimentos nos próximos 10 anos.

O Brasil possui um rebanho bovino de aproximadamente 200 milhões de cabeças em franco encolhimento, como explica André M. Nassar, Diretor Geral do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone) em seu belíssimo artigo “Rebanho bovino e desmatamento”, publicado pelo “BeefPoint”, no “Espaço Aberto” em 16/07/2008, do qual transcrevo o primeiro tópico:

“Neste artigo defendo a idéia de que não há incentivos econômicos para que, nos próximos anos, o rebanho bovino continue a se expandir, nem na Amazônia, nem no resto do Brasil. Isso significa que não poderemos explicar novos desmatamentos na região por expansão econômica da pecuária, simplesmente porque ela não vai ocorrer. Assim, não há como entender o papel da pecuária no desmatamento sem avaliar o contexto econômico por que passa o setor”.

A realidade dos fatos mostra que o nosso rebanho vem pei..... cada vez menos, em razão do seu encolhimento e não existe a possibilidade do aumento da “flatulência” ou desmatamento, pelo menos em futuro próximo, entretanto, a campanha do Sr. Rajendra nos atinge economicamente – a carne bovina é uma das riquezas nacionais.

O discurso do Sr. Rajendra foi feito em Londres, ele não aprendeu que “em casa de enforcado não se fala em corda”, a reação foi imediata e o porta voz da União Nacional dos Fazendeiros da Grã-Bretanha, declarou:

– "Nós apoiamos fortemente as pesquisas com o objetivo de reduzir as emissões de metano dos animais de fazendas, por exemplo, mudando suas dietas e usando a digestão anaeróbica”.

Essa reação é muito fácil de entender, o fantasma da “vaca louca” ainda os assusta, agora chega esse indiano e afirma que além de louca a vaca é pei....... .

O aquecimento global é uma realidade, se é provocado pelo homem ou não, é outra questão, todavia, praticar terrorismo e amedrontar o povo não é a solução.

Teses absurdas, que afrontam a nossa inteligência, veiculadas diariamente pelas mídias internacionais e nacionais, só servem para desmoralizar o assunto e despi-lo da importância devida. Que calem-se as “metralhadoras giratórias”, vamos tratar do assunto com a seriedade que ele merece.

A Amazônia é reconhecida como uma das últimas florestas nativas do planeta e todos sabem que os países ricos destruíram as suas florestas, contudo este fato, apesar de triste, não é terminativo, que tal eles começarem a recuperar as áreas degradadas e partirem para reflorestar os seus próprio países em nome da sobrevivência da humanidade.

Um outro passo que poderia ser dado pelos países ricos, ao invés de gastarem tanto e dinheiro a criticarem os outros, investirem pesadamente em grandes indústrias de reciclagem atmosférica (parece ficção científica mas não é e é inteiramente viável), hoje tudo é reciclável.

Para encerrar eu gostaria de engrossar as fileiras das sugestões “estapafúrdias”, que talvez não sejam tanto e que possam me propiciar o Prêmio Nobel da Paz do ano que vem, com duas propostas:

A primeira ao governo brasileiro para que comece a pensar num programa de “biogás” no lugar do “biodiesel” que é muito trabalhoso, caro e prejudica a agricultura alimentar. São mais de 180 milhões de brasileiros, juntamente com seus animais domésticos e outros animais, a produzir milhões de toneladas de fezes diariamente, que ao degradarem-se produzem biogás, jogadas nos rios e no mar(que estrago de matéria prima).

Perdoe-me senhor Presidente (sonhar não é crime ou ofensa), tenho-lhe muito respeito, mas fico imaginando o nosso querido Presidente Lula fazendo um pronunciamento na Assembléia Geral da ONU, retransmitido para o mundo pela CNN, sobre as virtudes, benefícios e valor energético da “mer.......”.

Enquanto isso, o Sr. Rajendra Pachauri, tentando desenvolver um grande programa mundial, economicamente viável, para a coleta da “flatulência” das vaquinhas.

Parece brincadeira de mau gosto e não é, quando fui Diretor do Projeto Rondon trabalhei em um grande projeto de implantação de latrinas e fossas biológicas que produziam “biogás” para os fogões e iluminação doméstica dos interioranos. Salvo engano o projeto foi desenvolvido na Marinha.

A outra proposta é mais direta:

– Vamos mudar a dieta do gado, vamos acrescentar “Alca-Luftal” na alimentação bovina.

domingo, 21 de setembro de 2008

Alimentar o mundo: o Brasil está preparado?

Acredito que não, entretanto, o produtor rural brasileiro está.

A princípio estas duas declarações parecem conflitantes, todavia, se observarmos cuidadosamente o comportamento dos governantes atuais em oposição ao dos produtores rurais, perceberemos claramente a verdade das afirmativa.

A Amazônia está preparada para alimentar o Brasil e o mundo, o que já faz em pequena escala, contudo não como “celeiro do mundo” e sim como “celeiro dos Amazônidas”, desde que o mundo pague um preço condizente e a altura do nosso esforço e sacrifício.

As nossas grandes riquezas visíveis são: – água, agricultura, pecuária, jazidas minerais, madeiras nobres e as, ainda, não nobres. Como já disse antes – “a Amazônia é uma guloseima que está na prateleira e a criançada está de olho”.

A agricultura, pecuária e florestas são renováveis, o que nos causa muita estranheza é que as campanhas promovidas contra a Amazônia são em sua maioria voltadas contra a exploração das riquezas renováveis. Poucos, que são calados rapidamente, atacam os buracos deixados pelas mineradoras, não que eu seja contra mineradoras como a Vale, pois, tem gerado empregos e benefícios aqui, apesar de gastar na região, excluindo-se os investimentos que redundam em benefícios para ela mesma, menos de 1% do seu faturamento bruto e isso para nós já é melhor que nada, nós somos gratos independentemente do valor das doações.

Temos a consciência que, apesar de tudo, as campanhas(já testemunhamos várias) são passageiras – os governos mudam – nós Amazônidas e a Amazônia temos resistido bravamente, ao longo dos anos, às mais diversas “pragas” que vem tentando nos destruir e à nossa produção (ferrugem, fusariose, aftosa, governo brasileiro, governos estrangeiros e outras) e a despeito delas temos sobrevivido paciente e tenazmente, somos discípulos de Jó.

O mundo está faminto todos os olhos se voltam para o nosso paraíso cultivável, recentemente o candidato à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou, enfáticamente, que acha que a Amazônia é um recurso global e não apenas brasileiro.

Uma declaração aqui, outra ali, nos dão a pista clara dos planos das grandes potências para a Amazônia e os atuais governantes estão contribuindo enormemente com os objetivos dos “ecoinvasores” (o termo “ecoinvasor” foi cunhado por mim, atenção gramáticos o significado é: – todo e qualquer indivíduo, organização ou país que, usando a ecologia como desculpa, pretendam tomar posse da Amazônia, agora ou no futuro.)

Nós Amazônidas somos como a “caravana” da célebre frase, do famoso e saudoso colunista social Ibrahim Sued – “enquanto os cães ladram a caravana passa”.
Viemos para essa região, encorajados por governos do passado, para ocupá-la, desbravá-la e substituir áreas de florestas por culturas aproveitáveis, tornando-a economicamente viável e defensável às investidas estrangeiras, integrando-a, efetivamente, ao território brasileiro.

Seringueiros, agricultores, pecuaristas e garimpeiros, de todos os rincões do Brasil, puseram suas sacolinhas nos ombros e usando todos os meios de transporte possíveis e imagináveis, inclusive “a pé”, deslocaram-se para cá, como os novos “Bandeirantes”, para cumprir a missão para qual a Pátria os convocou. Abriram picadas e desmataram áreas, no “muque” , com terçadas e enxadas (para que o leitor perceba a dimensão do esforço, é preciso, que saiba um pouco da nossa realidade, entre as mais diversas, existem áreas na região que o homem precisa trabalhar nu em razão da freqüência da chuva, umidade e calor e, em outras, precisa trabalhar totalmente vestido, da cabeça aos pés, por causa dos mosquitos), foi uma guerra entre a floresta e o homem, muitos desbravadores sucumbiram vítimas de malária, febre amarela, flechadas, pneumonia, tuberculose, acidentes, devorados ou envenenados por animais ferozes e mudanças bruscas de políticas governamentais (nesses casos os óbitos se deram por males cardíacos provocados por decepção), foi uma luta sem quartel que está chegando ao final sem vencidos ou vencedores, apenas cada um cumpriu o seu papel, entretanto, hoje, ambos estão sendo derrotados por um contentor que não fez qualquer sacrifício, não lutou e sequer os conhece – o governo atual, que por desconhecer inteiramente a Amazônia e sua história, resolveu mudar as regras do jogo, no meio do jogo.

Os desbravadores estão perplexos, a missão patriótica de integrar a Amazônia ao resto do País, torná-la economicamente viável e protegê-la de invasões estrangeiras, está cumprida, esperavam, não um prêmio, mas, com certeza, o reconhecimento de seus irmão brasileiros e somente recebem críticas e o epíteto de bandido. Recentemente testemunhei a revolta de um desses desbravadores, em um dos milhares de cemitérios da região, em pé ao lado do túmulo de um querido filho bradando aos céus – meu filho, morrestes por nada.

Os Amazônidas, além de todos os méritos, resistiram a possibilidade de transformação, apoiados por um governo que não disse “amém”, da região em um grande “lago Amazônida”. A A idéia foi concebida por Herman Khan futurólogo do Instituto Humboldt que não estava sozinho na opinião de que a Amazônia era internacional e não podia pertencer ao Brasil, com ele se alinhavam François Miterrand, Al Gore (agora ambientalista e pai do terrorismo emocional usando o aquecimento global), Margareth Tatcher e todas as potências que ontem apoiavam o tal “lago”, hoje chantageiam e coagem o Brasil com o “aquecimento global”, mudaram a arma, entretanto o objetivo continua o mesmo – a internacionalização da Amazônia.

Durante certo período se pôde ver, nas ruas de Londres, veículos trafegando com adesivos que diziam:

– "Mate um brasileiro para salvar a Amazônia".

Temos consciência que os produtores rurais das outras regiões têm a sua própria luta, diferente da nossa, entretanto, tão sofrida quanto. Sofre com as incompreensões, fatores climáticos também adversos, geadas, com o desrespeito das autoridades, falta de reconhecimento da comunidade e políticas governamentais descabidas. O governo não desconhece somente a Amazônia, desconhece também a atividade agropecuária. A produção agrária só citada em manchetes sobre a “balança comercial”, mesmo assim a produção agrícola, nunca o produtor.

Espero não ser muito criticado pelo que vou escrever agora.

Lutamos pela Amazônia brasileira por patriotismo, amamos ser brasileiros e jamais, voluntariamente, trocaríamos a nossa nacionalidade por outra qualquer, contudo, caso venha a ser internacionalizada, assumida por outro país ou grupo de países, seja quem for vai precisar de nós, porquanto somente nós conhecemos as realidades da região e somos a única mão-de-obra especializada nela.

Os países cobiçam a região por valorizá-la, ninguém cobiça o que não tem valor, diferentemente do atual governo que só a vê como fonte do aquecimento global e “cóio”” de bandidos.

Caso a Amazônia fosse ocupada por estrangeiros quem perderia mais seria o Brasil, para o Amazônida a grande perda seria a sua nacionalidade.

A idéia de internacionalização da Amazônia não é por causa do aquecimento global ou para preservar a sua biodiversidade e sim por que, em futuro bem próximo, o poder mundial migrará dos atuais detentores (eles mesmos) para os países que possuam bastante terras para produzir alimentos e tenham água em abundância.
Acredito que o Brasil de hoje não está preparado para assumir esse poder e manipulá-lo a nosso favor.

Comentário de Gil Reis ao artigo “Rebanho bovino e desmatamento”, escrito por André M. Nassar, Diretor Geral do ICONE

Caro André,
Antes de mais nada obrigado!

É a gratidão não de um Amazônida e sim de um ser humano, como tantos outros, que, diariamente, tem a sua inteligência e conhecimentos afrontados e desrespeitados (sabe, na minha idade, isso chega a ser doloroso) pelas autoridades que têm acesso às mídias internacionais e nacionais.

Li e reli várias vezes o seu artigo e resolvi comentá-lo(como dizem os velhos "caboclos" Amazônidas) através destas "mal traçadas linhas".

Perdoe-me porque agora serei poético (ninguém esqueça que na Amazônia o nosso grande poema é a própria), ademais li o artigo assistindo um DVD Acústico da Gal Costa gravado em 1997, fiquei imaginando a sua pena passeando sobre a folha de papel, ansiosa que o sacrifício da sua brancura dessa feita valesse a pena e não se frustrou, cada palavra, cada sentença no lugar certo expondo as idéias e os conhecimentos de forma clara e sucinta, em um português escorreito, como um bailado bem ensaiado, que delícia compartilhar um texto com alguém que tem a consciência de que o maior instrumento da comunicação é a linguagem.

Mas, esqueçamos a poesia, não há reparo no que foi escrito, entretanto posso complementar sugerindo o acompanhamento das invasões, os membros do MST, fetrafi, comandos do campo e outros que se assemelham às saúvas devorando uma plantação, os governantes da hora elegeram a Amazônia, em passado recentíssimo, para promover a "reforma agrária" de todo o Brasil e agora estão escolhendo os culpados para "tirar os deles da reta". Talvez pudéssemos pedir a esse grande conhecedor da Amazônia, que hoje dirige o Centro de Monitoramento Por Satélite da EMBRAPA, Dr. Evaristo, para fazer o rastreamento.

Sabe André nada do que dissemos importa, me vem à mente a figura da franquia onde o franqueado tem que seguir a arquitetura e decoração do franqueador, obedecer as normas e dizer amém. A fome e a sede começam a grassar no planeta, o ser humano está se reproduzindo como os coelhos e a Amazônia está aí como uma guloseima na prateleira, as crianças estão de olho.

Pois é, o governo da hora está se comportando como um franqueado, o objeto é a Amazônia e o franqueador são as grandes potências. Você deve estar tentado a rebater perguntando, ingenuamente, mas, não é o franqueador que detém a franquia? E eu, sagazmente, como um bom "macaco velho", te respondo:- eles já se sentem os donos e não roubaram, ganharam. As autoridades brasileiras estão se abaixando tanto que o "umbigo" está aparecendo e o pastor alemão (o cão, naturalmente) se saciando, "prá desgrudar" vai ser muito difícil.

André, desculpe-me as imagens irreverentes, entretanto, lamentar e chorar não adianta, restou-me a irreverência. Dói muito assistir, passivamente, a política de "desintegrar para entregar".

É preciso ficar atento, em um futuro não tão distante, o poder do mundo migrará para os países que produzirem alimentos e possuírem água.

Mais uma vez obrigado por alegrar-me os olhos e alimentar-me os conhecimentos.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Comentários ao artigo “Ser Pecuarista na Amazônia ou simplesmente Amazônida não é fácil!” publicado no “Espaço Aberto” do site BeefPoint.

Cartas do leitor

[28/08/2008]
Osvaldo Del Grossi
Paranavaí - Paraná - Produção de gado de corte
Fazenda Del Grossi - Proprietário/Administrador

Senhor Gil,
Sou aliado na constituição deste "fundo" para um programa de reflorestamento que voce citou.
A pouco tempo atrás um pecuarista falou que os americanos poderão fazer com os brasileiros - o mesmo que faz hoje com o Iraque "brigando" pelo petróleo. Quando os países do 1º mundo não conseguirem mais impor barreiras; poderá acontecer o que ouvi esta semana na Expovale de Juara-MT; um deputado federal dizer que enquanto não aumentar o número de mortes no mundo por fome, não teremos a devida atenção na produção agropecuária da região amazonica. Como voce, tambem sou a favor da sustentabilidade; além de americanos, ingleses, franceses e italianos, os brasileiros do sul e nordeste tambem devem fazer o dever de casa; já que a reserva legal é de 20% - sendo que a região amazonica de 50% aumentaram para 80%.
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[28/08/2008]
Daniel Freire
Pará - Pesquisa/ensino
Matadouro Frigorifico Extremo Norte Ltda. - Diretor Administrativo
Caro Gil Reis.

Através deste espaço venho lhe congratular pelo artigo que tão brilhantemente ilustra a realidade da Amazônia.

Daniel Freire
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[28/08/2008]
Jadir Fernandes de Miranda
Cambé - Paraná - Consultoria/extensão
PLATEC - Eng. Agrônomo/Pecuarista

Parabens , Gil Reis , pelo seu comentário num modo geral , e acho que os brasileiros tinham que abrir os olhos e proibir a atuação da grande maioria das ONGs que estão se intrometendo em assuntos de interesse dos Brasileiros que realmente querem trabalhar e Produzir.
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[28/08/2008]
Luiz Ribeiro Villela
São Paulo - São Paulo - Produção de gado de corte
Fazenda Jamaica-Cotriguaçu-MT - Proprietario

Parabens e obrigado ,Sr Gil Reis ,por expor com clareza a pura realidade do Pará e demais Estados da Amazonia.

Os problemas descritos começam a se alastrar para outras regiões do Brasil e ,espero,sirvam de alerta e tambem sejam a razão,embora lamentavel,
de união de esforços contra o descalabro geral que se avizinha.
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[29/08/2008]
Luiz Carlos Lyra
Rondônia - Produção de gado de corte

É pura verdade oque sr. Gil esta comentando.Neste pais, e princilpalmente na amozonia ate parece ser proibido produzir,espero que os órgãos publicos se acordem.E que se acordem ainda a tempo .
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[29/08/2008]
Helio Cabral Junior
Governador Valadares - Minas Gerais
autônomo - Cirurgião dentista

O que dizer ao articulista além de "assino em baixo" e parabéns por rasgar o véu do mito, da fantasia e da ignorância e nos brindar com um lúcido e equilibrado enfoque do que é produzir no Brasil, tarefa nada fácil, ainda mais na região norte onde os desafios se multiplicam mas em compensação onde o brasileiro parece ser ainda mais resoluto e determinado para fazer frente às adversidades naturais e àquelas impostas pelos governantes e um sem número de "interessados".

Como a famosa frase do ministro da propaganda nazista há uma outra que diz: "aquele que fala sobre o que desconhece está a caminho de se tornar um tolo".

Infelizmente no nosso país há muita mentira que se tornou verdade e muito tolo falando sobre o que nada sabe!


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[29/08/2008]
Sérgio Lima Vieira
Ilhéus - Bahia - Produção de gado de corte
JHS Ind. Comércio - Diretor Financeiro

Gil,
parabens pelo seu artigo já estava na hora de alguém se manifestar, com a lucidez que voce conseguiu.
Também tenho quase quarenta anos de amazonia, e vejo nas suas palvras, as mesmas que pronuciaria, so acrescentando, que o desmatamento de alguma forma foi indução do propio governo federal, que nos obrigava a desmatar para poder medir e depois titular(GETAT-Grupo Executivo de Terras do Araguaia Tocatins)lembra-se? Segurança Nacional.
É por ai, mais uma vez, parabens.
Sérgio Vieira
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[29/08/2008]
João Francisco S. Vaz
Pelotas - Rio Grande do Sul - Indústria de insumos para a produção
IRGOVEL LTDA - RESPONSÁVEL TÉCNICO

Sr. Gil,

Vivemos um momento , onde realmente a Amazônia é objeto de intermináveis discussões, notadamente na questão "desmatamento".
As notícias que chegam no Rio Grande do Sul, são de que em breve a Amazônia tal como existe, acabará!
Fala-se que o desmatamento está fora de controle, contribuindo para o aquecimento global e etc.
Vossa Senhoria vive na região à 40 anos, e obviamente deve conhecer como poucos a real situação desta fabulosa e gigantesca região.
Confesso que não consigo imaginar como esta região chegou à 18 milhões de cabeças de gado bovino, já que originalmente, na Amazônia não existem áreas de pasto ou campo natural, assim como ocorre na região do pampa gaúcho(incluindo Rio Grande do Sul, Uruguai e boa parte da Argentina).
Certamente este rebanho está ocupando uma área onde foi removida a Floresta Equatorial,certo?
Considerando uma lotação média de 1 bovino por hectare, aproximadamente 18 milhões de hectares estão destinados à esta atividade.
Devem existir lavouras de soja e milho por aí também, e que provávelmente ocupem um outro "tanto" em milhões de hectares.
O que se questiona hoje em dia, Sr Gil, é saber se estas são as melhores alternativas para a Região, pensando em lucratividade,rentabilidade e também sustentabilidade!
Pergunto: quanto vale mais,um metro cúbico de Mogno maciço ou uma arroba de boi ou um saco de soja.
Falo na "coleta" e não derubada de árvores adultas, com um replantio de pelo menos 10 à 20 mudas novas para cada espécie adulta abatida.
Além disso penso ser possível seguir aproveitando o imenso potencial de produção do látex,babaçu,frutas de clima equatorial, guaraná, fitoterápicos e turismo,atividades estas que não demandam derrubada de grandes áreas de floresta, mas pelo contrário, preservariam e aumentariam a cobertura vegetal de um solo que não resiste ao desmatamento, por suas características físico-químicas.
O que desejo, é que a Região Amazônica seja sempre uma Floresta, rentável obviamente, mas sustentável para as futuras gerações.
Grato,
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[29/08/2008]
Marco Tulio T. Silva
Itumbiara - Goiás - Produção de gado de corte
Netmoney factoring Fomento - Diretor finaceiro

Parabens!!!!! sem comentarios...
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[29/08/2008]
Arcedino Concesso
Araguaína - Tocantins - Estudante

Parabens Gil, finalmente encontrei alguem que fala a verdade sobre tudo que vem acontecendo na Amazonia...
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[30/08/2008]
Augusto Araújo
Campo Grande - Mato Grosso do Sul - Produção de gado de corte
fazenda patury - administrador

A Amazônia virou uma zônia mesmo hein!
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[30/08/2008]
José Coutinho Neto
Macaé - Rio de Janeiro - Produção de leite (de vaca)
Fazenda Bonaça JCN - Proprietário

Prezado Senhor Gil Reis, é gratificante poder pelo menos ler a opinião de pessoas lúcidas nestes tempos em que a unanimidade burra parece ter contaminado todos os escalões da nossa sociedade, uns por pura inocência outros por interesses escusos.
Usa-se a ecologia para justificar todas as atitudes de lesa a pátria perpetradas pelos vendilhões da hora. A nossa pobre região Amazônica é o bem mais cobiçado pelos interesse internacionais e por isto é atacada em diversas frentes - terras indígenas (geneticamente ainda existe índio no Brasil? Ou somos todos miscigenados? Vamos perpetuar os nosso "índios" na idade da pedra? Mais de um oitavo do território nacional para 370 mil "índios"?); ONG's, com orçamentos milionários, dando o tom na nossa política e cooptando o nosso homem da amazônia; uso de irrisórios 20% para o produtor rural inviabilizando a sua atividade; a política dos "sem terras" criminalizando o produtor rural, é crime neste país ter terra e tentar viver dela através do trabalho honesto e suado; e tantos outros ataques a máxima dos anos 70 "Integrar para não entregar". Este é o ponto, não podem deixar os verdadeiros brasileiros ocuparem este território pois querem dar de bandeja aos elementos alienígenas os valiosos minerais que jazem neste rico subsolo, a maior fonte de água doce do planeta e etc.

Ecologia é educação contra o consumismo desmedido e doentio e planejamento familiar o resto é o mantra repetido a exastão dos "experts" residentes na praia de Ipanema e frequentadores de shoppings, Amazônia só conhecem pela televisão.
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[31/08/2008]
jose luiz casati
Linhares - Espírito Santo - Revenda/ distribuição de produtos para a produção
agroboi - socio

Muito bem,tudo o que se falou aqui é pura verdade.
Nos aqui no E.S. passamos por igual causa.
Tudo nosso é proibido,é grenpeace aqui e ali,são os burrocratazinhos que se formaram agora que querem nos encuralar,mas adoram um carrão poluidor,uma cerveja importada,um vinho importado,e,nos,agricultores verdadeiro só vemos nossa produção não valer nada.
Vamos FECHAR as verdadeiras poluidoras,ou diminuir-usar alcool
Que pena.
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[02/09/2008]
Antonio Luiz Trevisan
Matupá - Mato Grosso - Consultoria/extensão

Sr. Gil
Em seu artigo não tem o que emendar, é a síntese do que acontece em nossa Amazônia Legal. Simplesmente parabéns. Gostei muito da sugestão de criarmos um fundo para reflorestamento nos países ditos de primeiro mundo.
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[05/09/2008]
Mario Martins
Ananindeua - Pará - Mídia especializada

Parabens Gil, seu artigo reflete com muita propriedade a realidade nua e crua das dificuldades do povo amazônida e de se produzir em uma região que vem sendo divulgada com base no preconceituoso olhar de alguns neoecologistas que não entendem nada da Amazônia e muito menos se importam com a qualidade de vida e a sobrevivência auto-sustentável da sua população.
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[08/09/2008]
Gil Marcos de Oliveira Reis
Belém - Pará - Assessoria de imprensa
Sala Vip Produções - Advogado

Caro Mário Martins,

Quero expressar de público a minha gratidão por você ter reproduzido meu artigo, com o devido crédito ao BeefPoint, em sua influente coluna dominical, "Diário do Campo" , em um dos jornais de maior circulação do norte e nordeste, o "Diário do Pará".
Sua coluna é um dos últimos bastiões na defesa do agronegócio neste País.
Aproveito para agradecer a todos que comentaram aqui neste espaço de liberdade de expressão, inclusive ao André Camargo meu padrinho nessa jornada.
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[08/09/2008]
Gil Marcos de Oliveira Reis
Belém - Pará - Assessoria de imprensa
Sala Vip Produções - Advogado

Caro João Francisco S. Vaz de Pelotas, Rio Grande do Sul,

O senhor disse-o bem:"As notícias que chegam no Rio Grande do Sul, são de que em breve a Amazônia tal como existe, acabará!".
Notícias como essas são plantadas, diariamente, pelas ONGS estrangeiras na imprensa brasileiras e homens esclarecidos como o sr. acreditam.
A boa notícia é que já começaram as experiências de confinamento, graças a tecnologia implantada em função da exportação do boi vivo.
O sr. fala, como bom gaúcho, dos Pampas e confesso que sobre o assunto não conheço nada e não me deixo levar pelas notícias dai, entretanto, prometo que brevemente irei conhecer essa região para poder dar a minha opinião.
Agora, desculpe-me pelo radicalismo de quem é difamado e enxovalhado pela imprensa e autoridades(um amazônida), não quero que o senhor se sinta ofendido, pois, tratou-me com toda a educação, acho que baseado no seu comentário podemos concluir que a solução para os habitantes da região é pendurar a floresta no pescoço e ir mendigar por comida nas ruas das capitais do sul-maravilha.
Ia esquecendo, a floresta amazônica é tropical úmida (e ponha umidade nisso) e suas árvores tem a vida média de 80 anos, elas "brocam" (apodrecem por dentro).
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[09/09/2008]
Paulo Roberto Leal Coelho
Rio de Janeiro - Revenda/ distribuição de produtos para a produção
Dianagro - Dist. Bayer S/A - Supervisor de Vendas

Prezado Gil Reis.
Li e reli seu artigo com bastante cuidado.
Com os aspéctos que você aborda e por todas as manifestações ocorridas, percebe-se o caldo de cultura complicado que é esta área.
Sou Veterinário e conheçi. ao longo dos anos, pecuáristas, empresários e empresas que se estabeleceram na região, com fins agropecuários (corte, lavoura, madereiras, etc...).
Infelizmente, não vi, em nenhum destes projetos (não estou dizendo que é o seu caso ou e outras pessoas bem intencionadas que vivem na região, entenda bem), um plano realmente de exploração integrado com "preservação" dos recursos naturais.
O que soube, foi de derrubadas criminosas com correntões (nem aproveitamento de madeira existiu), joga-se a parte a ser plantada no chão, toca-se fogo, coloca-se herbicida onde a vegetação voltou e planta-se com avião, jogando na região espécies de plantas que não lhe são naturais e, com certeza, não sobreviverão ao longo dos tempos ou poderão ainda trazer afeitos adversos.
A exploração criminosa de madeira (só as nobres - exportadas baratas para a Europa, virando móveis maravilhosos e caros. Quantos as outras são queimadas ou jogadas rio abaixo... . Se for mentira, por favor, informe-nos.)
Pra não falar de garimpo, invasão de terras por gente que não é "de terra", pesquisas feitas (não se sabe por quem), da flora e fauna, sondagem dos recursos naturais, (não se sabe por quem , de novo), se estes recursos realmente existem em escala comercial (ouro, diamente, petróleo, jazidas outras, etc... ).
Um pecuarista que conheci, foi para a região com 600 (isto mesmo - seiscentas) moto-serras, para implantar 30.000 cabeças de corte.
Pergunto: qual o impacto ecológico que ocorre num projeto deste porte, ,feito em tão curto prazo (ou eles não existem ?
Temos hoje no Brasil, 200.000.000 de ha de pastagens degradadas (fizemos isto, ao longo de, não de 400 anos, mas de talvez, nos últimos 100 anos.
Usa-se uma área e a esgota. Quando não dá mais nada, vai-se para outra área, desmata-se, degrada-se e depois o ciclo continua ocorrer.
Conheci no Sul da Bahia, uma fazenda, que a 30 anos atrás, possuia 70 ha de braúna. Hoje, nem tem uma nem para remédio.
A sanha, a ganância para se ganhar dinheiro a qualquer custo tem nos mostrado exemplos terríveis.
Atualmente o país que mais entende de exploração de florestas no mundo (segundo especialistas) é a Finlândia.
Pergunto: há de nossa parte (governo e iniciativa privada) e interêsse e a humildade de pedir uma opinião deles em como se explora? Ou vamos usar o bordão, que eles já acabaram com a deles, podem deixar que sabemos acabar com as nossas.
As EMBRAPAS SUDESTE, SUL, ETC , já desenvolveram projetos de exploraçõa silvo-pastoris excelentes. Quantos vc conhece que existem por aí ?
Como você, quero a floresta para filhos e netos, servindo ao Brasil, à brasileiros e ao mundo (estamos todos aqui, de passagem).
O que vejo, me apavora (garimpo, soja, cana, gado, frutas, etc..).
Um abraço e que Deus nos ajude.
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[11/09/2008]
Gil Marcos de Oliveira Reis
Belém - Pará - Assessoria de imprensa
Sala Vip Produções - Advogado

Caro Senhor Paulo Roberto Leal Coelho
Rio de Janeiro - Revenda/ distribuição de produtos para a produção
Dianagro - Dist. Bayer S/A - Supervisor de Vendas
Estou feliz que meu artigo está possibilitando a pessoas como o senhor, que vive da produção rural, discutirem suas angústias.
Antes de mais nada, não se sinta culpado por vender produtos destinados a melhorar a saúde dos animais que vivem nas pastagens que o senhor afirma serem degradadas. Perdoe-me se meu raciocínio estiver errado:- o Brasil possue 200milhões de bovinos e, levando em conta o cálculo de uma cabeça por ha, os 200 milhões de ha de pastagens degradadas se referem a criação desse rebanho. pela sua afirmativa em 6 meses não possuiremos mais nenhum bovino no País.
Sou um cidadão citadino por excelência, o campo e a produção rural não me atraem nem um pouco, minhas atividades principais são: consultoria na área de problemas, advocacia e jornalismo. Não me convide para o seu sítio, pois, não gosto, prefiro o meu apartamento na cidade com todo o conforto.
Os meus gostos não me impedem de ter admiração e respeito pelos produtores rurais que com o suor de seus rostos, sacrifícios enormes em um país que não os respeita e o amor pela terra, permitem que o senhor e eu comamos os nossos filés, as nossas saladas cruas e etc. Tenho certeza que apesar dos nossos gostos sofisticados por um destilado estrangeiros, principalmente os oriundos da produção agrícola da Escócia, entretanto com uma feijoada (prato bem representativo da nossa produção rural) uma cachacinha, destilada da cana brasileira, vai muito bem.
Fiquei satisfeito com a sua admiração pela Finlândia e pelo conhecimento do trato florestal do Finlandês. O país é lindo, o senhor conhece? A população é de cinco milhões espalhados por 337 000 km². 10% deles (559 000) vivem na capital Helsinque. Lá se vive da industrialização de madeira, metalurgia, caça, pesca e a agricultura surgida em 3.200 AC é de subsistência, os demais produtos que o povo precisa são importados. A floresta da Finlândia é "boreal". No território finlandês existem 187.888 lagos.Consegue imaginar o tamanho da floresta e a sua diversidade? Com a experiência no manejo florestal boreal eles, com certeza, podem nos ensinar manejo de floresta tropical úmida - quando pararem de admirar e invejar as nossas florestas.
Fiquei curioso, o senhor conheceu um criminoso (provavelmente um cliente) que veio devastar a nossa floresta com 600 moto-serras - o senhor denunciou-o onde?
A Dianagro - Dist. Bayer S/A deve estar muito satisfeita com o seu trabalho de venda de produtos veterinários aos produtores rurais (viu eles estão mais presentes na sua vida do que nas da maioria -pagam o seu salário).
O sr. fala do sul da Bahia onde conheceu uma única fazenda e conseguiu generalizar, fantástico! Sr. Paulo existe um crime maior que o ambiental - raciocinar pelas exceções.
Ia esquecendo, foram 100 anos de muita luta e sacrifícios para produzir o pão nosso de cada dia.

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[11/09/2008]
Olinda Leonel
Redenção - Pará - Produção de gado de corte
Fesar

Parabéns, sr° Gil!

Vc conseguiu mostrar em poucas palavras a realidade(dificuldades), pelas quais passamos nessa região.
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[12/09/2008]
Carmen Fiori
Campo Grande - Mato Grosso do Sul - Produção de gado de corte
Fazendas - Proprietaria

Caro sr. Gil Reis,

Sua indignação não é solitária. Vivemos em clima constante de inseguraça aqui no Mato Grosso do Sul, que assim como a Amazônia, também é a bola da vez.Não nos respeitam como produtores, emitem Portarias absurdas tomando terras que geram emprego e riqueza ao país a décadas e desrespeitam a legitimidade da propriedade privada. Será que voltaremos a ter paz algum dia?
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[12/09/2008]
PAULO SARAIVA DE JESUS FRANÇA
Paranaíta - Mato Grosso - Produção de gado de corte
FAZ. CASTANHEIRA - PROPRIETÁRIO

LI EM UMA REVISTA QUE O BRASIL RESPONDIA COM 5% A 7% DA FLORESTA TROPICAL DO MUNDO A UNS 25 ANOS ATRÁS, E QUE HOJE COM TODO ESSE DESMATAMENTO ANUNCIADO, RESPONDEMOS POR 27% DA FLORESTA TROPICAL DO MUNDO.

QUE DIZER, O MUNDO DESMATOU MAIS RAPIDAMENTE QUE NÓS.

AGORA ESTRANGEIROS QUEREM NOSSAS RIQUEZAS FLORESTAIS PARA ELES.
INFILRANDO ONGS EM NOSSO PAIS, E COM GOVERNANTES VENDIDOS, TRAVANDO O NOSSO DESEMVOLVIMENTO, E IMPEDINDO O DESFRUTE, PELO POVO BRASILEIRO, DE NOSSAS RIQUEZAS , TANTO FLORESTAIS COMO MINERAIS.
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[12/09/2008]
THIAGO SANCHES AGUIAR
Montenegro - Rondônia
RASTREADORA MONTE NEGRO - TÉCNICO AGRÍCOLA

Antes de mais nada, meus parabéns Gil,,, estamos precisando pulverizar a verdade sobre a questão amazônica.

Bom, sou filho da Amazônia, nasci aqui em 1988, sempre acompanhei a atividade pecuária, e hoje estou cursando medicina veterinária na UFMT campus de SINOP, também Região Amazônica.

O que posso dizer é o seguinte, na década de 70 meus pais, e assim também boa parcela desses 25 milhões de habitantes que hoje residem na amazônia vieram para ca como heróis, tempo da ditaduta militar "Integrar para não Intregar" dito bem popularizado, nessa época, falo com todo domínio de conhecimento, que residir na Amazônia era tarefa para heróis realmente, condições bastante inóspitas eram tidas aqui, sem muitas delongas, não existiam estradas, programas de assistência médica, e a malária era bastante difundida na região, sendo esta responsável por ceifar a vida de muitos desses heróis, AMAZÔNIDAS, como citou GIL; para se ter uma idéia gastavam-se em média 28 dias de viagem de Cuiabá a Porto Velho-RO, trecho (1200 KM) feito em 22 horas hoje via rodoviária (BR 364).

Todavia, hoje somos tratados como ou até mesmo piores que bandidos pelos mesmos que pediram e fizeram política para virmos para cá, no caso o GOVERNO. Recentemente, em algumas operações da PF, entravam-se em empresas do setor madeireiro e faziam o uso de práticas políciais utilizadas com traficantes do pior calão.

Esquecem, que vencemos as inóspitas condições, e não somente isso, colaboramos para o BRASIL atingir títulos de Mior exportador mundial de carne, soja, enfim; e isso tem por consequência nada nada que 33% do PIB deste País.

Não estamos querendo dizer que não é preciso conservar o meio ambiente, isso tem que estar intrincado em nossas mentes, e como Gil disse, realmente esta, de 7% da floresta mundial passamos para 28%, não que plantamos árvores, como certos países fizeram indiscriminadamente, deixamos de cortá-las.

E estamos melhorando nossos sistemas de produção, graças a instituições como EMBRAPA e Universidades afins.

Em síntese, pedimos só para tomarem mais conhecimento do assunto, até mesmo pessoas do Brasil que morram em outras regiões e fazem julgamentos falsos. O governo tem que reavisar seus dogmas e começar a reverter a situação passar a valorizar que realmente produz, deixando de apoiar sem terras, que na sua grande maioria fazem apenas uso comercial das terras adquiridas.

E mais que nunca nos unirmos para defender essa região mais perfeita do Globo A AMAZÔNIA.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Política de “desintegrar para entregar” : a criação de “enclaves” na Amazônia.

À época em que existia política estudantil muito ativa ( saudosos tempos onde os jovens possuíam maior comprometimento com o futuro do País) e que partiam para o confronto com as forças do governo (naquela ocasião realmente “de força”), usávamos o termo “inocente útil” para definir aqueles colegas que se deixavam manipular, sem nenhum embasamento ideológico, pelas mais diversas facções.

Havia necessidade de esclarecer a expressão “inocente útil” , porquanto é o que o governo brasileiro atual é nas mãos das potências estrangeiras que cobiçam a Amazônia – é a política de “desintegrar para entregar”.

O Comandante Supremo das Forças Armadas é Presidente da República, o artigo 142 da Constituição Brasileira define qual a sua missão e o comando:

Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

A corporação militar vem alertando o seu comandante dos perigos que representam as reservas indígenas e a presença de ONGS alienígenas na Amazônia, mas, ele vem fazendo “ouvido de mercador”, não dando ouvido às informações (desmoralizando publicamente a capacidade de avaliação e discernimento dos militares – afinal quem avalia quando a Pátria está em risco e precisa de defesa?...Quem é que tem o melhor instrumental para essa avaliação?). Felizmente o Supremo Tribunal Federal ouve muito bem e está atento às advertências militares na defesa da soberania de nossa Pátria.

Não vamos continuar mentindo para sermos “bonitinhos” aos olhos do mundo, os indígenas são outro povo e as terras são nossas por direito de conquista. Se todos os países fossem devolver os territórios aos proprietários originais ou criar reservas para eles o mapa político do planeta mudaria radicalmente. Alguém se ilude com a denominação “Nações Indígenas” em oposição à “Nação Brasileira”?

Tanto isso é verdade que os contingentes militares brasileiros para entrar em reservas indígenas têm que pedir autorização.

O governo brasileiro ao demarcar e criar as ditas reservas indígenas, invenção dos norte-americanos que nunca deu certo, está trabalhando contra a soberania de nosso País. Está criando verdadeiros “enclaves” em território brasileiro.

Por sua definição, “enclave” é a designação do “território de um país que se encontra encaixado no território de outro país” e o que é uma reserva indígena?... O território de outro país, com povo diferente, cultura diferente, idioma diferente, governo diferente (quem manda nos territórios ocupados são os chefes das nações indígenas).

Demarcar “reservas” e presenteá-las a outro povo é um atentado à nossa soberania e uma traição à Pátria, entre os poderes que concedemos aos “Três Poderes” não está incluído o de entregar parte do nosso território à outras nações. Os nossos irmãos indígenas podem tranquilamente conviver conosco, qualquer brasileiro está de acordo com isso, todavia, entregar parte de nosso território, conquistado com muito suor e sangue, já é uma outra história.

Desculpem-me chamar , no decorrer de todo este artigo, os irmão índios brasileiros de outro povo, o conceito é governamental quando cria as ditas reservas, subvertendo totalmente a definição jurídica de “brasileiro” que é a do “jus solis”, o direito do solo, qualquer ser humano nascido em território do Brasil, não importando a sua origem étnica é brasileiro. Para a criação de reservas o governo passa a reconhecer o “jus sanguinis”, direito do sangue – o sangue indígena. Que se acautelem os nossos irmão brasileiros originários de outras etnias, qualquer dia desses surgirão visionários que os discriminarão e proporão criação de reservas para eles.

Além do processo de criação de “enclaves”, o atual governo vem fazendo o jogo das grandes potencias desmatadoras e das mais de 100.000 ONGS internacionais que têm “olho comprido” em direção à Amazônia, desenvolvendo uma política destrutiva no sentido de transformar a região em um vasto “latifúndio improdutivo”, pressionando os produtores rurais através de medidas policialescas, seqüestros de bens, acusações de trabalho escravo (até hoje a qualificação é subjetiva, dependendo do humor da autoridade fiscalizadora) e de desmatadores, não importam os argumentos; o importante é destruir o agronegócio e provocar o que o governo de qualquer país teme: – o êxodo rural.

Terminado o processo de expulsão do Amazônida da área rural, restarão apenas as reservas indígenas, reservas florestais, grandes mineradoras, grandes petrolíferas e os estrangeiros com as suas ONGS.

Aí sim a Amazônia estará pronta para a sua grande vocação(de acordo com os eco-invasores) : – a promoção de grandes “safáris” com turistas estrangeiros e os Amazônidas como carregadores.

A terra só vale por suas funções sociais e econômicas para o povo de um país, de que vale uma área que não pode ser cultivada e usada em benefício de seus habitantes?

O atual governo tem que agradecer aos Amazônidas pois a região tem possibilitado a alguns membros do poder constituído “aparecer” no cenário nacional e internacional ( os famosos 15 minutos de fama) , pessoalmente eu gostarias que as ditas pessoas, para “aparecer”, usassem um “penico na cabeça e um despertador no pescoço”, seria muito menos danoso e mais divertido.

O governo tem que ficar muito atento para o futuro das “reservas indígenas”, recentemente foram publicadas notícias nos jornais do mundo inteiro ( a sensação que fica é que aqui não se tomou conhecimento delas) informando que os índios da tribo Dakota, verdadeiro nome dos Sioux, romperam os tratados firmados por seus ancestrais com os Estados Unidos há mais de 150 anos e anunciaram:

"Não somos mais cidadãos dos Estados Unidos da América e todos que vivem nas regiões dos cinco estados que compreendem nosso território são livres para se unir a nós", declarou Russel Means, porta-voz da Nação Dakota, em entrevista coletiva em Washington e, ainda , segundo ele, serão emitidos passaportes e licenças para dirigir a todos os habitantes do território indígena que renunciarem à cidadania americana”.

Que ninguém fique admirado se, amanhã ou depois, alguma nação indígena que achar que a soberania de seu território está sendo atingida, apelar à ONU e, em conseqüência, o Conselho de Segurança enviar tropas para garantir as fronteiras e a paz. O que ontem parecia ficção hoje é realidade.

A ONU é (nenhum de nós, muito menos os governantes dos países do chamado “terceiro mundo”, tem o direito de ser ingênuo e crédulo) um organismo criado pelos países economicamente mais fortes e bem armados com a finalidade de vestir de democracia o controle do planeta.

Hoje tropas brasileiras estão aquarteladas na área da reserva indígena Raposa/Serra do Sol, para proteger os índios contra os brasileiros e se houver confronto será da força militar brasileira contra seus irmãos brasileiros e, em caso de mortes, o responsável por elas será o Comandante Supremo das Forças Armadas, o Presidente da República.

Não esqueçamos nunca que o Brasil é discutido (sempre com cobiça) no mundo pela simples existência da Amazônia ( o nome é o segundo mais pronunciado no mundo, somente perdemos para a Coca-Cola) que ocupa 2/3 do território nacional.

Este País sem a Amazônia seria apenas mais uma “republiqueta sul americana”.

Os governantes do momento têm, o mais breve possível, que se debruçar sobre os conceitos de “Soberania”, “Defesa da Pátria” e ao que é permitido ao governante de um País.

Quero confessar publicamente que nós Amazônidas quando se aproximam as eleições majoritárias ficamos extremamente preocupados e, dependendo da religião, rezamos, oramos, acendemos velas ou batemos tambores ( é só o que podemos fazer uma vez que o nossos votos praticamente não pesam no resultado, somos apenas 5% do eleitorado nacional), torcendo para que os novos ocupantes do Executivo e Legislativo conheçam um pouquinho de Amazônia e que, finalmente, desenvolvam políticas para a nossa proteção.

Estamos cansados de tanta perseguição com a finalidade de nos tirar o “pão de cada dia” e nos expulsar de nossas terras.

Queremos gozar um pouco da Democracia (governo do povo, pelo povo, para o povo) que ainda goza o resto do Brasil e, se isso nos for concedido, prometo, em nome todos os Amazônidas, que nos curvaremos e louvaremos o Imperador do Brasil e toda a sua “corte”.