sexta-feira, 7 de novembro de 2008

A verdade sobre o Projeto Rondon

O Projeto Rondon no passado era, antes de mais nada, voltado para o universitário e não para as comunidades.

A idéia sempre foi de integração e conhecimento da realidade dos vários "Brasis", de forma que o estudante, futuro líder nas mais diversas áreas, pudesse conhecer um pouco de seu país, evitando assim, o processo cruel de lideranças que raciocinam, em termos de Brasil, a partir de suas próprias realidades.

O exemplo mais recente desse raciocínio distorcido é o do Ministro Minc que, apesar de suas boas intenções, ao capitanear o processo de preservação ambiental na Amazônia desenvolveu ações não de preservação e sim de hostilização contra a região e seus habitantes.

Encarar o Projeto Rondon de outra forma é encarar o universitário como "mão de obra" barata para substituir o governo em ações de sua responsabilidade.

O rondonista apoia, como forma de aprendizado da realidade dos municípios, as ações desenvolvidas pelas prefeituras.

Caso a equipe do Rondon venha a desenvolver atividade assistencialista, atividade que é encarada com tanto desprezo e que já ajudou tantos brasileiros, é porque a prefeitura local desenvolve projetos assistencialistas.

Os "Campi" Avançados, do passado, sempre foram voltados ao aprendizado dos universitários, a idéia é fazer deles profissionais que, conhecendo a realidade de seu país, possam vir a ser homens que nas suas atividades, possam desenvolver ações efetivas, de apoio às comunidades com uma visão de Brasil como um todo.

A atividade dos “Campi” , além da educação dos estudantes, sempre foi de apoio aos projetos das prefeituras e dependiam sempre da política municipal de onde o “Campus” estivesse instalado.

Ou seja, participando das operações do Projeto Rondon, o universitário descobre que o mundo e o Brasil não são apenas o seu bairro, a sua cidade e a sua universidade, em contrapartida levam ao interiorano a consciência que o mundo não é apenas o mundinho do seu município e sim alguma coisa muito maior, despertando nele novos anseios e ambições.

Dependendo da universidade , dos recursos e do treinamento do estudante, algumas ações extensionistas podem ser desenvolvidas de forma a fugir do assistencialismo, como: projetos de implantação de biodigestores, palestras para desenvolvimento de consciência ambiental, treinamento de parteiras curiosas (ensinar a elas o momento de encaminhar a parturiente para o médico), palestras sobre manejo florestal, projetos de higiene, assim por diante, entretanto, sem perder de vista que o objetivo e paciente do Projeto Rondon é o estudante.

Pensar no Projeto Rondon de outra forma é impraticável, sonho mirabolante e pura perda de tempo.

Por outro lado, os sonhadores se esquecem quais são as atividades dos estudantes: – acima de tudo estudar, aprender e tornar-se um bom profissional para, antes de mais nada, ganhar o seu sustento e o de sua família de forma condigna.

Os benefícios à comunidade e ao país são efeitos colaterais da atividade dos bons profissionais.

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